terça-feira, 16 de abril de 2013

Ação questiona terceirização do Hospital Regional de Araranguá


O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) propôs, ontem (15/4), na 1.ª Vara Cível da Comarca de Araranguá, ação civil pública para buscar a suspensão e anulação de licitação para terceirizar a administração do Hospital Regional de Araranguá.
A licitação tem por objetivo substituir a organização social contratada anteriormente – Instituto SAS -, investigada por irregularidades e fraudes na condução do hospital do sul do Estado e de outros seis hospitais, cinco no Estado de São Paulo e outro no Rio de Janeiro.
A licitação foi lançada no dia 1º de abril e encerrou ontem a data limite para a entrega de propostas. Na ação civil pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Araranguá, foi requerida medida liminar para suspender o processo licitatório e, posteriormente, anular o edital de licitação.
De acordo com os Promotores de Justiça Cristine Angulski da Luz e Diógenes Viana Alves, que assinam a ação, as ações e serviços de saúde devem ser, constitucionalmente, executados diretamente pelo Poder Público, não sendo admitida a hipótese de terceirização.
À inconstitucionalidade da terceirização, os Promotores de Justiça acrescentam que, diante de tantas evidências das irregularidades cometidas pelo Instituto SAS na administração do Hospital – sindicância apurou que, pelo menos, R$ 1,8 milhão foram pagos a empresas cujos proprietários e sócios são ligados à organização social – fica clara a pouca cautela do Estado na qualificação e contratação do administrador do hospital.
A ação, de n.º 004.13.002637-2, ainda não foi apreciada pelo Poder Judiciário. Os Promotores de Justiça da Comarca de Araranguá investigam, também, civil e criminalmente, a gestão do Instituto SAS frente ao Hospital regional de Araranguá.

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